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domingo, 28 de janeiro de 2018

Poesia - fanatismo - Interpretação textual - Ensino fundamental II

FANATISMO
Minh'alma, de sonhar-te, anda perdida.
Meus olhos andam cegos de te ver.
Não és sequer razão do meu viver
Pois que tu és já toda a minha vida!

Não vejo nada assim enlouquecida...
Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser
A mesma história tantas vezes lida!...

"Tudo no mundo é frágil, tudo passa...
Quando me dizem isto, toda a graça
Duma boca divina fala em mim!

E, olhos postos em ti, digo de rastros:
"Ah! podem voar mundos, morrer astros,
Que tu és como Deus: princípio e fim!..." 
Florbela Espanca, in "Livro de Sóror Saudade" 

    01. Na primeira estrofe do poema, quem é o tu a que se refere o eu lírico?
    02. No poema, esse tu é mostrado de modo bastante idealizado. Como o eu lírico vê esse tu?
    03. Em qual verso o eu lírico deixa clara a maneira como vê o tu?
    04. N poema, podemos supor algumas características da pessoa amada, entre elas:
A)   A vaidade
B)   A coragem
C)   A simplicidade
D)   O mistério
E)   O egoísmo
     05. Ainda na primeira estrofe, o eu lírico faz algumas confissões. Quais são elas?    
     06. O que motivou a ocorrência dos fatos confessados?
     07. Na primeira estrofe, o verbo ANDAR  tem o sentido de
A)   Viajar                          C) Estar
B)   Dar passos                D) Movimentar
    08. Transcreva o verso em que o eu lírico demonstra ser uma mulher.
    09. No ultimo verrso, podemos supor que o eu lírico
A)   Vê a pessoa amada como tudo o que há de mais importante
B)   Percebe a pessoa amada com simplicidade
C)   Entende o amor como um sentimento sem importância
D)   Dirige-se a Deus como a pessoa amada

     10. Releia os versos abaixo

"Passo no mundo, meu Amor, a ler
No misterioso livro do teu ser "

As vírgulas foram empregadas para
A)   Indicar o adjunto adverbial
B)   Enfeitar o verso
C)   Separar o aposto
D)   Isolar o vocativo
      11. Explique por que o autor utilizou esse título do poema?


Boa sorte! 

Atividade de interpretação textual - Ensino fundamental II


O estranho comportamento dos gambás
Há alguns animais que se fingem de mortos. Em vez de correr ou lutar contra o inimigo, eles se deitam imóveis, parecendo mortos. Isso confunde muitos predadores, que preferem se alimentar de animais vivos. Esse tipo de comportamento dos gambás norte-americanos deu origem à expressão “brincar de morrer”. Quando atacados, eles mancam, caem e rolam no chão, fecham os olhos e ficam com a língua para fora – o suficiente para afugentar a maioria de seus inimigos!
O mundo da natureza – fatos incríveis. São Paulo. Melhoramentos. (com adaptação)

01. Alguns animais se fingem de mortos para
(A) lutar contra o inimigo.
 (B) devorar os animais vivos.
(C) enganar seus inimigos.
(D) brincar com seus amigos.

02. Os gambás, quando atacados, preferem
(A) deitar-se, ficando sem se mexer.
 (B) andar de olhos fechados.
 (C) lutar com todas as forças.
(D) correr para bem longe.

03. Assinale a alternativa que contém uma afirmação do texto.
(A) Todos os animais se fingem de mortos quando são atacados.
(B) Muitos animais gostam de ter como alimento animais vivos.
 (C) Alguns animais, como o gambá, lutam até ficar com a língua para fora.
(D) A expressão “brincar de morrer” refere-se ao comportamento dos predadores dos gambás.

 04. Na frase: – ... eles se deitam imóveis, parecendo mortos. –, o sentido contrário da palavra grifada é
(A) sem medo. (B) quietos. (C) parados. (D) em movimento.

 05. Em “seus inimigos”, no final do texto, seus refere-se a inimigos
(A) de animais que foram mortos.
 (B) do povo norte-americano.
(C) dos animais predadores.
(D) dos gambás.

06. Assinale a alternativa que preenche, corretamente, o espaço em branco da seguinte frase:  Contra ataques, eu _____________como um gambá.  
(A) se defendo      (B) defendo-se        (C) mim defendo            (D) me defendo

07.  Há animais que se fingem de mortos. Esta frase, escrita no singular, fica:
 (A) Há animal que se fingem de morto.
 (B) Há animal que se finge de morto.
 (C) Há animais que se finge de mortos.
 (D) Hão animais que se fingem de mortos.

08. Qual objetivo principal desse texto?
09. Podemos dizer que esse texto é
A) Descritivo
B) Narrativo
C) Expositivo
D) Argumentativo


10. “O suficiente para afugentar a maioria de seus inimigos!“ o que quer dizer a palavra em destaque? 

Interpretação textual - 8º ano e 9º ano

GENTE É BICHO E BICHO É GENTE

   Querido Diário, não tenho mais dúvida de que este mundo está virado ao avesso! Fui ontem à cidade com minha mãe e você não faz ideia do que eu vi. Uma coisa horrível, horripilante, escabrosa, assustadora, triste, estranha, diferente, desumana... E eu fiquei chateada.
   Eu vi um homem, um ser humano, igual a nós, remexendo na lata de lixo. E sabe o que ele estava procurando? Ele buscava, no lixo, restos de alimento. Ele procurava comida!
   Querido Diário, como pode isso? Alguém revirando uma lata cheia de coisas imundas e retirar dela algo para comer? Pois foi assim mesmo, do jeitinho que estou contando. Ele colocou num saco de plástico enorme um montão de comida que um restaurante havia jogado fora. Aarghh!!! Devia estar   horrível!
   Mas o homem parecia bastante satisfeito por ter encontrado aqueles restos. Na mesma hora, querido Diário, olhei assustadíssima para a mamãe. Ela compreendeu o meu assombro. Virei para ela e perguntei: “Mãe, aquele homem vai comer aquilo?” Mamãe fez um “sim” com a cabeça e, em seguida, continuou: “Viu, entende por que eu fico brava quando você reclama da comida?”.
   É verdade! Muitas vezes, eu me recuso a comer chuchu, quiabo, abobrinha e moranga. E larguei no prato, duas vezes, um montão de repolho, que eu odeio! Puxa vida! Eu me senti muito envergonhada!
Vendo aquela cena, ainda me lembrei do Pó, nosso cachorro. Nem ele come uma comida igual àquela que o homem buscou do lixo. Engraçado, querido Diário, o nosso cão vive bem melhor do que aquele homem. Tem alguma coisa errada nessa história, você não acha?
   Como pode um ser humano comer comida do lixo e o meu cachorro comer comida limpinha? Como pode, querido Diário, bicho tratado como gente e gente vivendo como bicho? Naquela noite eu rezei, pedindo que Deus conserte logo este mundo. Ele nunca falha. E jamais deixa de atender os meus pedidos. Só assim, eu consegui adormecer um pouquinho mais feliz.
(OLIVEIRA, Pedro Antônio. Gente é bicho e bicho é gente. Diário da Tarde. Belo Horizonte, 16 out. 1999).

01)  A narradora inicia seu relato afirmando não ter mais dúvida de que o mundo está "virado ao avesso"? Por que ela afirma isso?

02) No primeiro parágrafo do texto, há a seguinte estrutura frasal: “Uma coisa horrível, horripilante, escabrosa, assustadora, triste, estranha, diferente, desumana... E eu fiquei chateada.” . Quanto ao uso da reticência, levando –se em conta o contexto, é correto afirma que:

        a)    Foram usadas com nítido objetivo de dar fim à linha de pensamento da narradora.
       b)    Foram usadas com a intenção de demonstrar que a narradora não consegue mais   encontrar adjetivos que possam expressar seu choque diante da cena.
        c)    Foram usadas para demonstrar interrupção na linha de raciocínio da narradora, que se   mostra afetada positivamente com o que viu. 
       d)    Foram usadas para demonstrar que a narradora está em dúvida, pois tem a sensação de que o que viu é um sonho.

03) “Ele colocou num saco de plástico enorme um montão de comida que um restaurante havia jogado fora. Aarghh!!! Devia estar   horrível!”, analise as frases em
      a)    Fato e fato
      b)    Opinião e fato
      c)    Finalidade e causa
      d)    Fato e opinião

04)  O texto aborda uma problemática social muito específica. Indique tal problemática e justifique sua resposta.

05)  Analise os itens a seguir, observando se são falsas ou verdadeiras. Justifique quando for falsa

          (    ) No trecho “Ele colocou num saco de plástico enorme um montão de comida que um restaurante havia jogado fora. Aarghh.”, a narradora sente nojo do fato de o homem recolher comida do lixo.
          (   ) Em “Puxa vida! Eu me senti muito envergonhada!”, a personagem mostra-se indiferente à situação vivenciada pelo homem.
          (  ) “Como pode, querido Diário, bicho tratado como gente e gente vivendo como bicho?”, a narradora se mostra revoltada com o fato de um ser humana ter condições inferiores às condições de vida de m animal.
        (   ) ‘Ele nunca falha. E jamais deixa de atender aos meus pedidos, a narradora deposita, em uma figura divina,  sua esperança de mudança para a triste situação que presenciou.


06) Observando os elementos narrativos que constituem o texto, é correto afirmar que
a)    Possui um narrador em terceira pessoa, que participa dos fatos.
b)    Embora não fique explicito, compreende-se que o espaço em que a narradora presencia  fato central é a rua da cidade.
c)    As falas dos personagens são marcadas pelo travessão, já que o discurso é direto.
d)    Possui um narrador personagem que não participa da historia.

07) No final do relato, a narradora deposita sua confiança em um ser divino. Por que ela não deposita essa confiança em outro ser humano? Explique.

08) Em sua opinião, o que pode ser feito de pessoas como o homem retratado no texto? Justifique

09)  Enumere a sequência de fatos, de acordo com a ordem no texto.
(    ) um homem sente-se satisfeito por encontrar o que comer no lixo.
(    ) a narradora se envergonha por presenciar um homem na humilhante situação de procurar comida no lixo.
(    ) a narradora vê um ser humano buscando o que comer no lixo.
(     ) a narradora conclui que um animal doméstico vive bem melhor que um homem na rua.
(    ) a narradora reza, pedindo a intervenção de Deus.


10 ) O texto aborda uma problemática social muito específica. Indique tal problemática e justifique sua resposta.